Vacina contra HPV

04/01/2012 - 14h11
Algumas adolescentes superestimam proteção da vacina de HPV
PUBLICIDADE DA REUTERS

Algumas adolescentes que tomam vacina de HPV para evitar câncer do colo do útero acham que não precisam mais praticar sexo seguro, segundo pesquisa americana.

O estudo, publicado na revista "Archives of Pediatric & Adolescent Medicine", mostra a necessidade de uma melhor educação a respeito das vacinas e de suas limitações.

As vacinas contra o HPV protegem a pessoa contra os tipos de vírus que causam câncer e verrugas genitais. Mas elas não evitam outras doenças como sífilis, gonorreia ou Aids.

A imunização também não serve para tratar infecções ativas.

A médica Tanya Kowalczyk Mullins, do Hospital Infantil de Cincinnati, e sua equipe entrevistaram 339 meninas com idades entre 13 e 21 anos sobre sua percepção de risco após a primeira imunização contra HPV.

A maioria das meninas disse acreditar que é importante praticar sexo seguro depois da vacina. Mas um grupo pequeno, cerca de 23%, acredita que o risco de pegar uma infecção era menor depois da vacina.

Fatores associados a essa crença incluíram ter menos informação sobre a vacina e sobre a infecção por HPV, menos preocupação sobre contrair HPV e não ter usado camisinha na última relação sexual.

A pesquisa mostra que os médicos precisam informar melhor as meninas sobre a vacina.

O estudo, no entanto, tinha limitações: a maioria das meninas era de uma mesma clínica que atende pessoas de baixa renda. Os resultados podem não ser aplicáveis à população em geral.

O trabalho foi patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Alguns dos pesquisadores já receberam recursos da Merck, uma das fabricantes da vacina.

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